sexta-feira, 17 de junho de 2011

Monitores Individuais de Radiação

Todo profissional ocupacionalmente exposto às radiações deve possuir um monitor individual que deverá ser utilizado durante todo o período de permanência nas instalações radioativas.
A detecção das radiações é baseada na interação química ou física das radiações com a substância sensível do detector.

Os monitores individuais de radiação utilizados são:

Filmes Dosimétricos - Monitores de radiação semelhantes aos filmes utilizados pelos dentistas para radiografias dentárias (tamanho 3x4 cm). Os filmes dosimétricos são compostos por uma base de acetato recoberta em ambos os lados por uma camada gelatinosa sensível (a emulsão fotográfica), contendo cristais de brometo de prata (grãos de AgBr) de dimensões microscópicas. Quando sofre ação da radiação, o filme torna-se enegrecido.
Esses filmes são lidos em um densitômetro calibrado. Este aparelho é realizada a conferência do grau de enegrecimento do filme (densidade ótica) e a dose recebida.





Dosímetros Termoluninescentes (TLD's) - São constituídos de cristais de fluoreto de lítio (LiF) que apresentam o fenômeno da luminescência quando aquecidos após terem sido irradiados. A intensidade da luminescência em função da temperatura é chamada de curva de emissão termoluminescente. Os TLD's, devido às suas reduzidas dimensões, são utilizados em forma de anéis e pulseiras para medir dose nas mãos e dedos. A luz emitida pelos TLD's é proporcional à radiação recebida.




Canetas Dosimétricas - Dosímetro de bolso que é uma pequena câmara de ionização em forma de caneta, utilizada como monitor pessoal para determinar a quantidade total de radiação recebida durante um certo intervalo de tempo.
Geralmente a escala dos dosímetros de bolso vai de 0 a 200 mR (miliroentgens), embora existam dosímetros graduados com valores em R (roentgens). Um monitor como o dosímetro de bolso deve também ser calibrado.


Desenho esquemático de uma caneta dosimétrica.



Caneta dosimétrica (dosímetro de bolso).






sábado, 11 de junho de 2011

Radiografia Digitalizada e Radiografia Digital

Radiografia Digitalizada:  A radiografia digitalizada inicia com uma radiografia que a imagem é capturada com uma câmara de vídeo ou "scanner" e uma imagem radiográfica análoga é formada convertendo-se em uma imagem digital.


Radiografia Digital: Refere-se a uma radiografia realizada com o uso de uma placa de imagem substituindo o filme radiográfico. As radiografias digitais podem ser alteradas por softwares que permitem a formatação das imagens para os laudos médicos.


quarta-feira, 8 de junho de 2011

Os Artefatos de Imagem na Tomografia Computadorizada

Alguns artefatos que podem ocorrer na formação das imagens tomográficas:

- Artefatos de Anel (Rings artifacts): 

Os artefatos na imagem que se apresentam em forma de anel, está inicialmente relacionado com problemas de funcionamento nos detectores do equipamento.



- Materiais de Alta Densidade (Strike): 

Objetos metálicos, implantes de materiais de alta densidade, como as obturações dentárias, projéteis arma de fogo, entre outros, produzem artefatos lineares de alta densidade.


Figura mostra artefato causado por projétil de arma de fogo, produzindo o chamado efeito "raio de sol" no encéfalo.


 - Materiais de Alto Número Atômico: 

Os materiais de alto número atômico tendem a se comportar como os materiais metálicos, e também produzem artefatos tipo "Strike". Os meios de contraste positivos como o Iodo e o Bário em altas concentrações, devem ser evitados ou utilizados com critério.

- Ruído na Imagem: 

O ruído é um artefato que ocorre com aspecto de granulosidade às imagens em função da utilização de feixes de radiação de baixa energia ou, quando o objeto apresenta grandes dimensões, como no caso dos pacientes obesos.

- Artefatos de movimentos do paciente:

Podem ser causados por movimentos voluntários e involuntários no corpo do paciente.

- Artefatos de Volume Parcial:

O efeito de volume parcial ocorre quando estruturas anatômicas não ocupam totalmente a espessura total do corte. Este tipo de artefato acontece quando os voxels são relativamente grandes em relação à estrutura analisada.



domingo, 5 de junho de 2011

Os Radiofármacos Utilizados na Medicina Nuclear

A Medicina Nuclear é uma especialidade médica relacionada à Imagenologia que se ocupa das técnicas de imagem, diagnóstico e terapia utilizando radionuclídeos. Emprega-se o uso desses nuclídeos radioativos no estudo da anatomia, da fisiologia funcional e bioquímica dos diferentes órgãos, sistemas e patologias.

Radiofármaco: É toda substância que por sua forma farmacêutica, quantidade e qualidade de radiação, pode ser utilizada no diagnóstico e terapia de várias enfermidades do corpo humano, qualquer que seja sua via de administração.


Fatores para a Produção de Radiofármacos:


- Escolha do radionuclídeo;
- Finalidade (diagnóstica e terapêutica);
- Disponibilidade;
- Custo.

Propriedades dos Radiofármacos quanto à sua Finalidade:

Diagnóstico: 


- Seletividade por um determinado órgão ou sistema;
- Deve emitir radiações penetrantes que atravessem o corpo e atinjam os detectores;
- Deve emitir baixa dose de radiação ao paciente;
- Permitir repetição de exames em tempos curtos.

Terapia: 


- Devem apresentar seletividade pelo tumor;
- Transferir ao tumor alta taxa de dose de radiação para destruir a célula cancerígena;
- Não deve prejudicar os tecidos sadios adjacentes.

Para o diagnóstico, a maioria dos radiofármacos são líquidos para serem injetados, e apenas dois são na forma de gases para a realização de exames das vias aéreas.
Na terapia, a maioria dos radiofármacos são sólidos, na forma de cápsulas. Eventualmente, também podem ser feitos radiofármacos líquidos injetáveis para terapia. Quase todos os radioisótopos são emissores de radiação gama.

Radioisótopos para Exames:


No Brasil, os radioisótopos disponíveis para a utilização clínica são o Iodo-123, o Gálio-67, Tálio-201, Tecnécio-99m, Flúor-18 e o Samário-153.
O Tecnécio-99m é o radionuclídeo mais utilizado na Medicina Nuclear. Ele é um emissor gama monoenergético, 140 keV, com meia-vida de 6 horas, o que facilita bastante sua administração e realização do exame.
Além disso, o Tecnécio também pode ser fabricado no próprio serviço de medicina nuclear através do gerador de tecnécio.


Gerador de tecnécio-99m, produz 21 produtos radioativos e 15 tipos de reagentes liofilizados.


Radioisótpos para Terapia:


Na terapia, o Iodo-131 é utilizado para realizar o tratamento do câncer de tireóide ou hipertireoidismo. Com emissão gama de 364 keV e meia-vida de 8 dias, o Iodo normalmente é administrado na forma de cápsulas.