sábado, 7 de maio de 2011

Fatos Históricos da Radioterapia no Brasil

1920 - O Instituto do Câncer Dr. Arnaldo, a primeira instituição brasileira destinada ao estudo e tratamento do câncer, foi criada pelo Dr. Arnaldo Augusto de Carvalho, diretor da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.

1923 - Em Belo Horizonte, o Instituto do Radium inicia suas atividades como centro destinado ao estudo dos raios X e do elemento rádio na busca da cura do câncer.

1926 - Marie Curie e sua filha Irene estiveram no Brasil (Rio de Janeiro e Belo Horizonte). Em Belo Horizonte visitaram o Instituto do Radium. Em 1950, o Instituto passou a denominar-se Hospital Borges da Costa.

1936 -  Foi oficializada a Associação Paulista de Combate ao Câncer (APCC) que mais tarde, em 1946, iniciou  o atendimento efetivo por meio do Hospital Santa Cruz.

1938 - Foi fundado o Centro de Cancerologia, no Hospital Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, que contava com um aparelho de radioterapia e um de radiodiagnóstico.

1941 -  Foi criado o Serviço Nacional de Câncer que passou a funcionar no mesmo local do Centro de Cancerologia, no Rio de Janeiro.

1944 - Criado no Rio de Janeiro o Instituto do Câncer e em 1946 é transferido, junto com o Serviço Nacional de Câncer, para o Hospital Gafrée e Guinle.

1953 - O Hospital Antônio Cândido de Camargo (Hospital A.C. Camargo), em São Paulo, iniciou as atividades de radioterapia com dois equipamentos convencionais (Maximar-100 GE) e um conjunto de tubos e agulhas de rádio-226.

1956 - Foi instalado no A.C. Camargo, um aparelho de radioterapia convencional (Stabilipan-Siemens) e um de raios X superficial de contato (Schoul-Siemens).

1957 - O Instituto do Câncer passou a contar com quatro aparelhos de "roentgenterapia" profunda, dois de roentgenterapia superficial e duas unidades de cobalto (Theratron), além de rádio na forma de tubos e agulhas e equipamentos de dosimetria e uma oficina de radiomodelagem. No Hospital A.C. Camargo, foi instalada a primeira unidade de cobalto-60 (Gammatron I da Siemens). Naquela época também era utilizada uma bomba com 05 gramas de rádio-226, que operava entre 05 e 10 cm de distância foco-pele para tratamento de lesões superficiais e semiprofundas.

1961 - O Instituto do Câncer passou a denominar-se Instituto Nacional do Câncer (INCA), uma das instituições de referência no país.

1968 - Foi instalado no Hospital A.C. Camargo a unidade de teleterapia de césio-137 e a segunda bomba de cobalto, denominação para o equipamento de Cobaltoterapia (Gammatron II).

1970 - Início dos tratamentos radioterápicos em Santa Catarina com implementação do Serviço de Radioterapia do Hospital de Caridade.

1972 - Em São Paulo, no Hospital Alemão Oswaldo Cruz foi instalado o primeiro acelerador linear para fótons e elétrons, para fins médicos do país, no Hospital Sírio-Libanês e, em seguida, no Hospital A.C. Camargo, foi instalado um outro acelerador linear (Clinac 4 - Varian).

1973 - A Associação Paulista de Combate do Câncer (APCC) transformou-se na Fundação Antônio Prudente (FAP).

1974 - O INCA adquiriu novos aparelhos: acelerador linear com alta energia com feixes de elétrons (Saturne 20), duas unidades de cobalto-60 (Eldorado 78 - estática e Theratron 780 - cinética) e um simulador de radioterapia.

1976 - No Hospital A.C. Camargo, os tubos de rádio foram substituídos por tubos e agulhas de césio-137. O serviço de Radioterapia da FAP foi reequipado com a aquisição de uma unidade de cobalto-60 (Gammatron S - Siemens) e um  aparelho de raios X (Stabilipan II - Siemens).

1977 - Instalação do primeiro acelerador linear em Santa Catarina no Serviço de Radioterapia do Hospital da Caridade.

1986 - A FAP adquiriu e disponibilizou um equipamento para planejamento computadorizado (Theraplan) e um simulador (Therazin).

1992 - O Hospital A.C. Camargo adquiriu a braquiterapia de Alta Taxa de Dose - HDR que utiliza fonte de irídio-192.

1998 - Entrou em funcionamento, no INCA, o segundo acelerador linear (600C - Varian). O serviço de radioterapia possuía também isótopos radioativos para tratamento com baixas taxas de dose como sementes de ouro-198 e placas de cobalto-60.

2000 - O INCA passou a contar com três simuladores para tratamento, um tomógrafo computadorizado, dois aceleradores lineares, um acelerador linear com feixes de fótons de baixa energia, duas unidades de cobalto-60, dois aparelhos de braquiterapia de baixa taxa de dose e um aparelho de braquiterapia de alta taxa de dose com fonte de irídio-192.


Fonte: Estudo da funcionalidade e segurança para aceleradores lineares utilizados em radioterapia - uma contribuição para a gestão de tecnologia médico-hospitalar. UFSC, 2004.


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