Exame aplicado para avaliação por imagem das regiões cerebrais e suas funções motoras, sensoriais e cognitivas. A RM funcional encefálica está relacionada com estudos que podem evidenciar e quantificar a presença de atividades cerebrais. É uma técnica estabelecida e amplamente utilizada para o mapeamento das funções cerebrais.
Uma aplicação clínica da RM funcional é a de auxiliar no planejamento cirúrgico e radioterápico de tumores cerebrais e outras funções.
A Ressonância Magnética Funcional Encefálica é realizada através das seguintes técnicas:
- Difusão;
- Ativação;
- Perfusão.
Estudo de Difusão:
A técnica de difusão encefálica é voltada para a avaliação de áreas isquêmicas cerebrais. A isquemia é um processo pelo qual uma área do encéfalo deixa de ser irrigada causando muitas vezes a morte do tecido. No acidente isquêmico a difusão do hidrogênio, que em condições normais ocorre ao acaso, fica restrita.
Estudo por Ativação:
A RM funcional por ativação é baseada no estudo do aumento da concentração de hidrogênio nas regiões do encéfalo relacionadas com alguma atividade. A técnica BOLD (blood oxigen level dependent) descreve a convergência de sangue carregado com moléculas hidrogenadas (oxiemoglobina) para áreas em atividade. As imagens são obtidas das regiões encefálicas diretamente ligadas a essas atividades.
Estudo das atividades cerebrais pela técnica BOLD.
Estudo por Perfusão:
A perfusão está relacionada com o aporte sanguíneo aos tecidos. Obstruções vasculares causadas por por placas de ateroma, compressões e embolia, entre outras, afetam a perfusão do órgão que irriga. Técnica realizada com administração de meio de contraste. O contraste no parênquima encefálico substitui a presença de sangue e permite um estudo indireto da perfusão da região.
Fonte: Técnicas em Ressonância Magnética Nuclear (com adaptações).